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quinta-feira, 17 de junho de 2010

Grécia derrota Nigéria e encerra tabu em Mundiais

A Grécia, enfim, marcou os seus primeiros gols em Mundiais. Nesta quinta-feira, os gregos derrotaram a seleção nigeriana de virada, por 2 a 1, no Estádio Free State, em Bloemfontein, pelo Grupo B da Copa do Mundo da África do Sul.
O resultado deixou todas as seleções da chave com chances de se classificar às oitavas de final. A Argentina, líder com seis pontos, precisa apenas de um empate na partida decisiva contra os gregos, que conquistaram os primeiros três pontos no Mundial. A Nigéria, por sua vez, precisa vencer a Coreia do Sul, que também tem três pontos, na próxima terça-feira, e torcer pela derrota grega. Assim, as três seleções empatariam e a vaga seria decidida no saldo de gols.

Além de manter suas chances de classificação para as oitavas, a Grécia encerrou um incômodo tabu com a vitória: nunca ter feito gol em Mundiais. Na sua única participação anterior, em 1994, perdeu as três partidas, sofreu dez gols e não marcou nenhum. Também havia sido derrotada na estreia de sábado contra a Coreia do Sul, por 2 a 0.
Na partida em Bloemfontein, a Nigéria deu a impressão de que venceria com tranquilidade após abrir o placar logo no início, com Uche. Mas a expulsão de Kaita ainda no primeiro tempo mudou o panorama do jogo. Com um a mais, a Grécia deixou seu tradicional esquema defensivo e sufocou os nigerianos. Empatou já aos 44 minutos da etapa inicial e voltou melhor no segundo tempo. Após muito pressionar, marcou finalmente em falha do goleiro Enyeama, que era então o melhor jogador da partida.

O JOGO - Depois da derrota na estreia, os dois treinadores mexeram na equipe. Lars Lagerback iniciou com Uche e Odemwingie, que haviam entrado no segundo tempo contra a Argentina. Otto Rehagel, por sua vez, foi além: colocou o zagueiro Kyrgiakos, do Liverpool, no lugar do atacante Angelos Charisteas, armando a equipe com três defensores. Ainda começou com o atacante Salpingidis e o defensor Papastathopoulos, reservas contra a Coreia do Sul.

A partida começou em ritmo lento. Embora a Nigéria controlasse as ações no meio-de-campo, era pouco incisiva e praticamente não chegava ao ataque. A Grécia, por sua vez, permanecia sempre recuada com seus três zagueiros. Se roubava a bola, pecava na lentidão da saída de bola. Sua primeira finalização veio do meio-de-campo aos 13 minutos, quando o volante Katsouranis viu o goleiro adiantado e tentou encobri-lo. Facilmente, Enyeama defendeu.
Três minutos depois, brilhou a estrela do técnico Lars Lagerback. A Nigéria seguia atacando sem contundência quando suas duas apostas para o confronto foram determinantes. Odemwingie sofreu falta de Papastathopoulos no lado esquerdo da intermediária. E, na cobrança, Uche levantou para a área, o goleiro Tzorvas falhou e a bola entrou direto. Foi o primeiro gol em uma cobrança de falta direta do Mundial da África do Sul.
Mesmo em desvantagem e precisando da vitória para não se despedir da Copa, a Grécia não mudou sua postura. Seguia retraída, esperando o adversário em seu campo de defesa e saindo com lentidão aos contra-ataques. A Nigéria aproveitava o espaço e tocava a bola com tranquilidade no meio-de-campo. Criava ainda algumas chances em jogadas de bolas paradas - escanteios ou faltas pelas laterais. Panorama que se alterou aos 33 minutos. Após a bola sair pela lateral, Kaita tentou chutar Torosidis, recebeu o cartão vermelho e deixou a seleção nigeriana com um jogador a menos.
O técnico Otto Rehagel, então, sacou o zagueiro Papastathopoulos e colocou o meia-atacante Samaras - titular no primeiro jogo. Nos minutos finais do primeiro tempo, a pressão foi total. Primeiro, Salpingidis recebeu na área e exigiu grande defesa de Enyeama. No lance seguinte, Samaras aproveitou rebote de escanteio, finalizou firme e Haruna tirou em cima da linha. E finalmente, contando com a sorte, a Grécia marcou o seu primeiro gol na história das Copas: Salpingidis bateu de fora da área, a bola desviou na defesa e entrou mansamente para o gol já aos 44 minutos.
Na volta do intervalo, a Nigéria equilibrou novamente o confronto. Mesmo com um jogador a menos, o meio-campo melhorou a movimentação e voltou a pressionar os gregos. Logo aos três minutos, Uche cruzou da esquerda e novamente a bola foi direto para o gol. Dessa vez, o goleiro Tzorvas defendeu. A Grécia, por sua vez, também atacava com perigo. Mais ágil desde a entrada de Samaras, a equipe tocava bem a bola e também criava chances. E como já havia feito contra a Argentina, o goleiro Enyeama brilhava.
Aos dez, após cobrança de escanteio, Kyrgiakos cabeceou para o chão e Enyeama fez grande defesa. Quatro minutos depois, a defesa nigeriana afastou mal e a bola sobrou sozinha para Gekas dentro da pequena área. O atacante bateu firme, mas o goleiro novamente praticou boa intervenção. No contra-ataque, a Nigéria perdeu um dos gols mais feitos do Mundial. Obasi saiu em disparada e tocou para Yakubu, que sozinho bateu em cima de Tzorvas. Na sobra, com o gol aberto, Obasi chutou para fora.

A partida seguia aberta. Pelas laterais, a Grécia continuava chegando com perigo e exigindo boas defesas de Enyeama. Aos 23, Samaras cabeceou e o goleiro salvou no ângulo. Mas o próprio Enyeama seria o vilão nigeriano aos 26 minutos. Após Tziolis arriscar de fora da área no meio do gol, sem perigo, ele não conseguiu segurar e deu o rebote nos pés de Torosidis. Sozinho, o meia completou para as redes.

Feito o segundo gol, a Grécia diminuiu o ritmo. A Nigéria também não conseguia assustar com um jogador a menos e pouco criou nos minutos finais. Assim, a seleção grega garantiu sua primeira vitória em Mundiais sem maiores problemas.

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